É necessário fazer Psicoterapia no processo de adoção?
A psicoterapia vem como uma opção valiosa durante o processo de adoção para oferecer suporte emocional as pessoas que se preparam para essa nova fase de suas vidas.
Quando se pensa em adoção, muitos sentimentos vêm à tona como, por exemplo, o amor envolvido e a entrega necessária para tomar uma atitude tão nobre e importante na vida. Além disso, muitos medos e dúvidas também envolvem esse processo tão delicado na vida dos futuros pais.
Por vivermos em uma sociedade que ainda valoriza os laços consanguíneos, o tema ainda é alvo de preconceitos das mais variadas formas.
Estas crenças ultrapassadas muitas vezes dificultam o processo, que deveria ser bem tranquilo e focado no preparo emocional dos futuros pais e da criança.
Frequentemente, as pessoas que se encontram no processo de adotar passaram por momentos na vida bastante significativos que deixaram marcas como o dilema da infertilidade, a renúncia de terem filhos biológicos entre outras questões.
Ao quererem superar tais fatos, estas pessoas tomam a importante decisão de adotar. Leia mais no artigo AQUI sobre que fazer para passar pelo luto do processo de gestação.
Por esses motivos e por envolver questões pessoais, familiares e burocráticas, é importante que os adotantes recorram a algum tipo de ajuda profissional. O psicólogo através da psicoterapia pode ajudar para que este momento ocorra da forma mais saudável e benéfico possível, tanto para quem deseja adotar, como para a criança ou adolescente que será adotado.
O processo psicoterápico conseguirá, por exemplo:
Aqui é importante dizer que por se tratar de crianças e adolescentes, vindos de orfanatos, carregam em si diferentes níveis de sofrimento causado por suas histórias de abandono.
Cabe aos adultos interessados em adotar, com o auxílio da psicoterapia, se prepararem para enfrentar eventuais desafios emocionais e educacionais. Os futuros pais também poderão ter mais seguros em lidar com este tema quando a criança tiver uma certa idade e estiver mais preparada para saber que foi adotada.
Portanto, a decisão de adotar um filho deve estar bem fundamentada, não devendo ter a intenção de, por exemplo, salvar um casamento que não está dando mais certo, nem de preencher um vazio emocional pessoal.
A chegada do filho adotivo deve ser encarada como um novo ciclo na vida familiar, um momento único que abrirá espaço para ressignificar muitos assuntos.
O foco principal deve ser sempre o bom desenvolvimento da criança e a construção de laços familiares firmes e duradouros.
Para se preparar melhor para adoção, assista o mini-curso Caminhos para uma adoção consciente => https://www.adocaoempauta.com.br/minicurso-2/
Com carinho,
Tatiany Schiavinato.
Psicóloga. CRP 06/131048
Atendimentos especializados em adultos, casais e adoção.
R. Catiguá 159 Tatuapé/SP
Referências:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-29702015000100008
MENDES, Cynthia Lopes Peiter Carballido. Vínculos e rupturas na adoção: do abrigo para a família adotiva. 2008. Dissertação (Mestrado em Psicologia Clínica) – Instituto de Psicologia, University of São Paulo, São Paulo, 2008. doi:10.11606/D.47.2008.tde-27032009-153918. Acesso em: 2018-01-31.